Não sabemos da casa: soçobrou
Ou foi levada pela ventania?
Mas quartos, móveis, passos e alegria
Fazem parte daquilo que povoou

Nossas carnes; de tudo o que girou
Em silêncios, da brisa que subia
Ladeiras da manhã, da chuva fria
Em minutos garotos. Só restou

Este esperar vazio nas molduras,
Os ossos suportando telhas mansas
E quintais a gemer marés maduras.

Não sabemos da casa e ela é presente,
Quarteirões improvisam velhas danças:
- Ai serões, ai sorrir de antigamente!