Música: Eduardo Santhana

Em rios que fui descendo
Na proa de meu destino,
As lembranças acordaram
Meus acordes de menino.

Conduzi nas corredeiras,
Além do bem e do mal,
A saudade galopando
No verde do cafezal.

Voltei nas voltas do mundo,
Soltei as rédeas da lenda,
E os manacás perfumaram
As varandas da fazenda.

Na rede branca da lua
Adormeci meu reinado,
Meu poncho tornou-se manto
Com diamantes da geada.

Do sumidouro da noite
Você chamou por meu nome,
A água virou miragem,
A vida, rio que some.