Música: Eduardo Santhana
Quando eu for horizonte perdido,
Alvo lenço do adeus que ficou,
Sei que alguém na amurada vazia
Colherá tentações que semeou.
Colherá os momentos-ternura,
Intuições faiscando inocência,
E na pele da brisa a manhã
Tecerá arrepios de ausência.
Tecerá o tecido que pousa
Sobre corpos e vidas passadas,
A nudez vestirá novas formas
Da canção percorrendo as estradas.
Da canção que é uma senha perdida,
Sonha o tempo na hora tão fria,
E no adeus, semeador de distância,
Chora alguém na amurada vazia