Música: Eduardo Santhana

Não me perguntem se sou
O peregrino do vento,
Se trago em meu embornal
O contrabando de estrelas.
Não indaguem de onde trouxe
A canção que se povoa
De tantas indagações
Que a paisagem colocou
Nas cordas do meu violão.
Não procurem descobrir
Nos gomos do bambual
O nome que fui gravando
Com a ponta de meu punhal.
Eu sou aquele segredo
Que tece o manto da noite,
Sou o silencio que fala,
Sou o rumor que se cala,
Sou partida e sou chegada:
- Não me perguntem mais nada!