O secretário de Relações Institucionais do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), poeta Paulo Bomfim, recebeu nesta terça-feira (22/6) do presidente do Tribunal Regional Eleitoral paulista (TRE-SP), desembargador Walter de Almeida Guilherme, o "Colar do Mérito Eleitoral Paulista".
Falando em nome do Tribunal Eleitoral, o desembargador do TJSP Antonio Carlos Mathias Coltro mencionou episódios da trajetória do homenageado. “Não só pela produção literária de Paulo Bomfim, mas também por sua ligação com o Judiciário, esta corte lhe rende esta homenagem como forma de amizade e engrandecimento”.
O procurador Pedro Barbosa Pereira Neto discursou em seguida, em nome da Procuradoria Regional Eleitoral, e agradeceu ao “esmerado artífice das Letras” por seu legado. Na sequência, o advogado Marcelo Sampaio Soares ressaltou, em nome da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção São Paulo, os serviços prestados pelo poeta ao TJSP.
Bomfim também falou. “Esta tarde tem o dom de devolver a poesia ao poeta; mesma tarde em que ele completa 70 anos de poesia.” Leu, ainda, poema de sua autoria exaltando a Revolução de 1932.
A cerimônia foi encerrada por Walter de Almeida Guilherme, que lembrou as contribuições do poeta ao TRE. “Convidado a elaborar o Museu Eleitoral Paulista, Bomfim concebeu mais do que um projeto, mas o resgate da memória político-eleitoral de São Paulo. (...) Poderia Paulo Bomfim, por tudo o que fez e faz, ter vaidade. Mas preferiu ser simples e ensinar-nos a pensar; ensinar-nos a viver”, encerrou o presidente do Tribunal Eleitoral paulista.
Histórico
O poeta Paulo Bomfim ocupa desde 1963 a cadeira 35 da Academia Paulista de Letras, da qual é hoje o decano. Ele nasceu na cidade de São Paulo, em 1926 e começou suas atividades jornalísticas em 1945, no Correio Paulistano, indo a seguir para o Diário de São Paulo a convite de Assis Chateaubriand. No Rio de Janeiro, escreveu também para o Diário de Notícias.
Em televisão, produziu "Universidade na TV", no Canal 2; e "Crônica da Cidade" e "Mappin Movietone", na TV Tupi. Na Rádio Gazeta, apresentou "Hora do Livro" e "Gazeta é Notícia". Foi ainda diretor de Relações Públicas da Fundação Cásper Líbero.
Sua estreia como autor aconteceu com "Antônio Triste", publicado em 1947 com prefácio de Guilherme de Almeida e ilustrações de Tarsila do Amaral. "Antônio Triste" foi premiado em 1948 pela Academia Brasileira de Letras com o "Prêmio Olavo Bilac", cuja comissão julgadora era integrada por Manuel Bandeira.
A seguir, Bomfim publica "Transfiguração", "Relógio de Sol", "Cantiga de Desencontro", "Poema do Silêncio", "Armorial", "Quinze Anos de Poesia", "Poema da Descoberta", "Sonetos", "Colecionador de Minutos", "Ramo de Rumos", "Antologia Poética", "Sonetos da Vida e da Morte", "Tempo Reverso", "Canções", "Calendário", "Poemas Escolhidos", "Praia de Sonetos", "Sonetos do Caminho", "Súdito da Noite", "50 Anos de Poesia" e "Sonetos".
Suas obras foram traduzidas para alemão, francês, inglês, italiano e espanhol. Em 1981, Bomfim foi eleito Intelectual do Ano pela União Brasileira de Escritores, conquistando o Troféu Juca Pato. Em 1991, recebeu o título de Príncipe dos Poetas Brasileiros, outorgado pela Revista Brasília e o prêmio Obrigado São Paulo, da TV Manchete. Também ganhou o Prêmio da União Brasileira de Escritores, por seus 50 anos de Poesia.
Assessoria de Imprensa TJSP – GM (texto) e AC (foto)